Não é sem motivos que o Brasil é o time mais faltoso desta Copa das Confederações. Em entrevista nesta segunda-feira, o goleiro Júlio César diz que isso acontece por decisão de Luiz Felipe Scolari.
"Vejo isso como positivo (o alto número de faltas). A gente estava tomando muito gol em contra-ataque. O Felipão mandou a gente parar o jogo, sem violência", falou o goleiro, que sofreu apenas dois gols nos últimos quatro jogos.
Na Copa das Confederações, o Brasil já fez 67 faltas. A média de 22 por partida o colocaria como um dos times mais violentos das principais competições do país.
Com uma cuia de chimarrão nas mãos, o técnico Luiz Felipe Scolari reeditou nesta segunda-feira um hábito da Copa do Mundo de 2002, quando se juntava aos jornalistas para ter uma boa resenha, não do seu time, mas da vida. Foi isso o que ele fez nesta manhã em Belo Horizonte, no hotel onde a seleção brasileira se concentra para a partida contra o Uruguai, marcada para quarta, no Mineirão, pela semifinal da Copa das Confederações.
Durante a conversa informal com os jornalistas nesta segunda-feira, Felipão queria saber da negociações envolvendo os jogadores do Brasil. Ele sabia que Neymar, Fernando e Paulinho já tinham resolvido suas situações, com a ida para a Europa, mas mostrou-se abismado ao saber que o goleiro Jefferson poderia deixar o Botafogo. E que Bernard - "o menino de pernas alegres", como ele próprio definiu - também estaria de malas prontas para jogar no futebol europeu.
Felipão confessou ainda sua alegria em ver novelas. Ele disse que acompanha os jogos da Copa das Confederações, mas não deixa de assistir os capítulos do folhetim da Globo. Ao falar de "Amor à Vida", citou a personagem Valdirene (interpretado por Tatá Werneck), uma menina que já "pegou" o Neymar e que agora vai "pegar" o Alexandre Pato.
O departamento médico da seleção espanhola informou nesta segunda-feira, por meio de nota oficial, que o volante Fabregas e o atacante Soldado reclamaram de desconforto muscular após a vitória por 3 a 0 sobre a Nigéria, conquistada no último domingo, em Fortaleza. Desta forma, eles viraram motivo de preocupação para o técnico Vicente del Bosque para o duelo desta quinta, contra a Itália, às 16 horas, também na Arena Castelão, pela semifinal da Copa das Confederações.
Pelo comunicado publicado nesta segunda, o departamento médico da Espanha explicou que os dois jogadores foram submetidos a exames de ressonância magnética para constatar a real gravidade dos problemas musculares e deixou a impressão de que hoje eles são dúvidas na escalação da equipe que pegará os italianos.
"Com base no resultado dos exames, não se descarta a presença nas semifinais de nenhum dos dois jogadores, ainda que suas participações definitivas dependerão da evolução clínica destes desconfortos musculares", informou a nota.
Fabregas e Soldado foram titulares da Espanha na estreia diante do Uruguai, em Recife, e agora diante da Nigéria, sendo que o primeiro deles entrou na equipe espanhola formada toda por reservas do decorrer do massacre por 10 a 0 sobre o Taiti, no Maracanã. Já o atacante acabou nem sendo utilizado por Del Bosque neste duelo realizado na última quinta, no Rio.
Com três vitórias em três jogos até aqui nesta Copa das Confederações, a Espanha projeta um novo triunfo sobre a Itália, nesta quinta, para ir à decisão e pegar o ganhador da partida entre Brasil e Uruguai, que abrem as semifinais, nesta quarta, às 16 horas, no Mineirão.
Rodrigo ‘Minotauro’ precisará ficar afastado dos treinos durante três meses para se recuperar de uma cirurgia para reparar danos no ligamento no braço esquerdo. A informação foi dada pelo empresário do peso-pesado, Ed Soares, no podcast “The MMA Hour”.
Minotauro lesionou o braço durante o combate contra Fabricio Werdum, realizado no último dia 8, em Fortaleza.
“Os médicos estão dizendo que ele voltará aos treinos em três meses”, afirmou Soares.
O empresário não soube especificar a data do retorno de Minotauro ao octógono, mas garantiu que o baiano está longe da aposentadoria.
“Ele ainda é um dos top 10 pesos-pesados do mundo”, disse Soares.
A proclamada chave da morte não existe mais no All England Club. Nesta segunda-feira, Rafael Nadal sofreu uma das mais dolorosas derrotas de sua carreira. Na estreia em Wimbledon, o espanhol, número cinco do ranking da ATP, foi derrotado pelo belga Steve Darcis, número 135 do ranking, por 3 sets a 0, parciais de 7-6 (7-4), 7-6 (10-8) e 6-4, em 2h55 de partida.
O resultado foi surpreendente em todos os sentidos. Nadal, até esta partida, estava com uma temporada irrepreensível. Desde que retornara ao circuito, em fevereiro, suas piores campanhas consistiam em duas finais: vice no ATP de Viña del Mar e do Master Series de Monte Carlo. De resto, sete títulos: São Paulo, Acapulco, Masters de Indian Wells, Barcelona, Masters de Roma, Masters de Madri e Roland Garros.
Já Darcis, até esta partida, trilhava mais uma temporada medíocre. Ex-44 do mundo e com dois títulos no currículo, o belga de 29 anos teve como maior feito no ano um vice-campeonato no Challenger de Ostrava, em maio. Os números também não o favoreciam contra o espanhol: havia perdido o único encontro entre os dois e só tinha uma vitória em 13 partidas contra atletas do top 10.
Ele sequer é considerado o principal tenista belga hoje - honra que cabe ao veterano Xavier Malisse, número 61 do ranking.
O belga ainda foi responsável por um feito que nenhum outro atleta do circuito da ATP havia conseguido contra Nadal. Pela primeira vez em sua carreira, o ‘Toro Miúra' caiu na estreia de um Grand Slam - antes, só derrotas da segunda rodada para frente.
O tenista nascido em Mallorca, para completar a segunda-feira trágica, sofreu uma espécie de deja-vú. No ano passado, ele perdeu de forma surpreendente na segunda rodada de Wimbledon para o tcheco Lukas Rosol, então 100º do ranking. Ele ainda é o primeiro tenista a vencer Roland Garros e cair na estreia de Wimbledon desde 1997 - Gustavo Kuerten foi o último a protagonizar a 'situação'.
Agora, na segunda rodada, Darcis enfrenta o polonês Lukasz Kubot, que derrotou o russo Igor Andreev na primeira rodada do torneio.
O jogo
Darcis surpreendeu pela o alto índice de acerto em bolas decisivas, enquanto Nadal não demonstrava a mesma energia da temporada de saibro. Surpeendeu mais ainda sua boa capacidade de trocar bolas com Nadal e aguentar a intensidade do efeito imposto pelo espanhol.
Tanto no primeiro set como no segundo a capacidade de recuperação de Darcis que deu o tom. Na primeira parcial, ele teve três chances de quebrar o serviço do espanhol, mas não conseguiu converter o ponto. Algo que ele só faria quando o placar apontava 5/5. No entanto, na sequência, Nadal reagiu, devolveu a quebra e levou a definição para o tie-break. Bem consistente, Darcis fechou 7-4.
Na segunda parcial, o mesmo roteiro se repetiu. Equilíbrio, mais trocas de bola no fundo e menos variação. Apesar de manter a consistência, Darcis foi quebrado no 5/5. Mas permaneceu tranquilo: não se intimou com o serviço do espanhol, e lá foi novamente uma parcial para o tie-break. No tie-break, dominou e quase ‘amarelou': abriu 6-3, perdeu os três set points, salvou outro e finalmente fechou em 10-8, após erro não-forçado do atual quinto do mundo.
No último set, Darcis evitou emoções no final da parcial. Logo quebrou o serviço do espanhol e conseguiu se manter consistente no jogo, inclusive com pontos incríveis e se defendendo de forma sólida. Nos números, ele também foi superior: 13 aces a 6, 74% a 65% em aproveitamento de pontos com o primeiro serviço e 53 a 24 winners.